Feito uma explicação inicial sobre os motivos de um espaço digital próprio, indo na direção contrária de apenas usar as atuais redes sociais, creio que seja pertinente falar um pouco sobre a escolha do nome do site, assim como o que expectativas de conteúdo nessa primeira versão editorial.
A respeito do nome, a bem verdade é que inicialmente o site se chamaria Desconexo, vindo da premissa de abrir um espaço com maior liberdade para fugir de uma certa cartilha para conteúdos dentro da atual internet. Livre de muitas imagens, layout minimalista, com liberdade para escrever simplesmente pelo prazer de escrever. Sem muitas amarras, sem conexão com outras tendências, projetos ou formatos modernos.
Só que então descobri que esse nome para um domínio .com.br já existia… urgh… o que me obrigou a buscar uma alternativa, porém que mantivesse a essência do nome que agora nunca será utilizado. Por sorte nosso idioma é notório por seus sinônimos e palavras com significados equivalentes. Após algumas tentativas sem sucesso, acabei chegando ao Desligado, então disponível para registro, e que também casava com esse conceito de tirar da conexão, se desligar dos padrões, se distrair com algo qualquer, sair do ar. Perfeito!
E quanto ao conteúdo?
Nesse papo de buscar um espaço digital para escrever, certamente fica a dúvida: escrever sobre o quê? Um amigo me perguntou se seria um diário online. Prontamente respondi que não. Sim, é um espaço que certamente o utilizarei para escrever sobre algumas angústias da vida adulta. Algo que já fiz em outros espaços digitais que possuo, mas que hoje em dia não se encaixa muito bem ao local. Criar um novo apenas para isso fez mais sentido.
Então talvez acabe aparecendo aqui para reclamar sobre o absurdo do atual preço do leite? Que por sinal me incomoda muito mais do que a gasolina (pois queijo não é um derivado do petróleo). Pois é, talvez tenha algo assim, mas só se houver reflexão o suficiente para soar interessante o debate. Dá para falar sobre sistema educacional, politicagem, religião, sentimentos negativos (talvez positivos) e assim por diante. Não deixa de ser um espaço terapêutico para trabalhar angústias. Escrever ajuda, fica a dica.
Porém não acho que vou ter tanto assunto para tratar todos os dias aqui. E ainda que houvesse, certamente não teria tempo para escrever sobre tudo que acho que está errado nesse mundo. Ou seja, o Desligado não será um blog diário, ou semanal, ou mensal. Terá assuntos quando houver a necessidade e disponibilidade para tal. Não ter esse compromisso é um alívio, admito.
Sendo assim, no ínterim entre textos mais pessoais ou reflexivos sobre contextos mundanos, também quero que o Desligado seja um depósito de pontuações interessante do mundo da leitura. E para isso penso em trazer aqui trechos interessantes de livros que esteja lendo (ou que me recorde já ter lido), descrições de bons diálogos em séries, filmes ou animações, crônicas de grandes autores da literatura entre outras indicações para alimentar aquele espaço cultural em nossa massa encefálica. Indicar materiais leituras ou reflexões é algo que me divirto fazendo e em um blog minimalista planejado para abrigar mais textos do que imagem parece um prato cheio para algo nessa direção.
Claro que nesse momento, ainda estou revisando a linha editorial do Desligado. Ainda estou pensando em ideias e formatos para expor o conteúdo. Ainda nem cheguei a conclusão se devo abrir contas para o site em redes sociais. Nem mesmo os comentários estarão liberados nesse momento (algo que pretendo rever no futuro). O que eu sei nesse momento é exatamente o que estou escrevendo aqui. O futuro, amanhã descobrirei.
Fim da segunda parte.